A Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) se reuniu na tarde desta quarta-feira (13) com o secretário estadual Leocádio Vasconcelos para discutir sobre a contratação da Medplus Serviços Médicos Ltda ocorrida em julho deste ano, quando 25 profissionais foram admitidos para trabalhar em escala de plantão nas unidades de enfrentamento à covid-19, tanto na terapia intensiva (UTI) quanto em pronto atendimento.
A reunião foi presidida pelo deputado Neto Loureiro (PMB). Ele questionou ao titular da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) quantas empresas haviam se interessado em prestar serviços ao Estado e sobre os valores de R$1.920 repassados aos médicos referentes a 12 horas de plantão.
Leocádio Vasconcelos afirmou que somente a Medplus havia respondido favoravelmente ao Estado e todas as demais empresas solicitadas se recusaram a participar. Ele afirmou que não era o responsável pela Sesau na época, mas obteve todas as informações sobre a contratação. De acordo com o secretário, mesmo a empresa tendo sede em São Paulo, a maioria dos profissionais contratados é de Roraima.
“A contratação da empresa se fez necessária devido ao encerramento do contrato com a Coopebras [Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde], quando o Estado ficou com o quadro próprio de servidores efetivos, o que era insuficiente para atender às demandas de covid”, explicou Vasconcelos.
Neto Loureiro avaliou a reunião como positiva e esclarecedora. “Vimos que a maioria desses médicos contratados nem está mais atuando, devido à diminuição dos casos de covid em Roraima, o que gera uma economia aos cofres públicos”, ressaltou.
Durante a reunião, os deputados questionaram ainda sobre a retomada de cirurgias eletivas, que foram suspensas com o surgimento da pandemia, o que gerou uma fila de espera de pacientes. O secretário de Saúde afirmou que já está em estudo a realização de seletivo e concurso público para sanar essas necessidades.
Também participaram das discussões os deputados Gabriel Picanço (Republicanos), Nilton Sindipol (Patri), Tayla Peres (PRTB) e Aurelina Medeiros (Podemos).
Texto: Amanda Teixeira
Foto: Marley Lima
SupCom ALE-RR